Millonarios x Atlético-MG: como o Brasileiro de 1971 e a Selegalo aproximam rivais em duelo inédito

Sairá de um rival inédito para o Atlético-MG a definição do futuro do clube na Copa Libertadores. Dois jogos para decidir quem avança à fase de grupos. O primeiro capítulo é nesta quarta, em Bogotá. Apesar do ineditismo do duelo, há alguns pontos em comum entre os clubes. Se aproximam graças ao time do Brasileiro de 1971 e à Selegalo de 1994.

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Carrossel Millonarios x Atlético-MG — Foto: Infoesporte 1 de 6 Carrossel Millonarios x Atlético-MG — Foto: Infoesporte

Carrossel Millonarios x Atlético-MG — Foto: Infoesporte

Em ambos os casos, tratam-se de jogadores que defenderam as duas equipes. Dois nomes com história no futebol brasileiro e que tentaram a sorte na Colômbia nas décadas de 1980 e 1990.

O primeiro é Romeu Cambalhota. Folclórico ponta esquerda revelado pelo Atlético. Defendeu o clube em 267 jogos, com 43 gols marcados. Cravou o nome na memória atleticana como um dos campeões brasileiros de 1971.

Uma das formações do Atlético-MG de 1971; Romeu é o último, agachado — Foto: Arquivo pessoal 2 de 6 Uma das formações do Atlético-MG de 1971; Romeu é o último, agachado — Foto: Arquivo pessoal

Uma das formações do Atlético-MG de 1971; Romeu é o último, agachado — Foto: Arquivo pessoal

Ganhou o apelido de Cambalhota pelas comemorações de gols, dando um salto mortal. Ficou no Galo até 1976. Jogou pelo Corinthians, onde ajudou a encerrar, em 1977, o jejum de títulos que durava desde 1954.

Em 1980, rompeu a fronteira para defender o Millonarios. No entanto, não conseguiu atuar em muitos jogos. Foram 11, com dois gols feitos.

Romeu Cambalhota (penúltimo agachado) pelo Millonarios — Foto: Reprodução 3 de 6 Romeu Cambalhota (penúltimo agachado) pelo Millonarios — Foto: Reprodução

Romeu Cambalhota (penúltimo agachado) pelo Millonarios — Foto: Reprodução

O 💥️ge localizou Romeu Cambalhota. Aos 72 anos, ele vive em Barueri, em São Paulo. Guardas recordações marcantes dos anos de Atlético, como a conquista do Brasileiro.

- Eu comecei no infanto-juvenil, em 1968. Em 1969, fui para o profissional. No ano seguinte, ganhamos o campeonato mineiro (primeiro título do Galo no Mineirão). Em 1971, fomos campeões brasileiros. O time era muito bom, com Grapete, Vanderlei Paiva, Vantuir, Ronaldo, Humberto, Dario.

Romeu acompanha os jogos do Atlético e está confiante na equipe liderada pelo artilheiro Hulk. Segue torcendo pelo time, mesmo à distância.

- Hulk é um craque, fantástico. Tem força física e talento. O Brasil perdeu por não ter levado ele para a Copa. Eu mantenho contato com ex-jogadores da minha época. Eu continuo atleticano, não arredo o pé. Tenho assistido os jogos, gostado. Estou feliz porque estão fazendo um estádio (Arena MRV).

Romeu Cambalhota, ex-Atlético-MG, tem 72 anos e vive em Barueri — Foto: Arquivo pessoal 4 de 6 Romeu Cambalhota, ex-Atlético-MG, tem 72 anos e vive em Barueri — Foto: Arquivo pessoal

Romeu Cambalhota, ex-Atlético-MG, tem 72 anos e vive em Barueri — Foto: Arquivo pessoal

Relembrou a passagem pelo Millonarios, levado à Colômbia pelas mãos do famoso agente internacional uruguaio Juan Figer, falecido em 2022.

- Eu saí do Corinthians e fiquei um ano no Palmeiras. O Juan Figer me levou para o Millonarios. Eu estava saindo de times de massa, como Atlético, Corinthians e Palmeiras. Eles não tinham essa potencial. Eu senti muito quando fui para Bogotá, mas valeu a experiência.

Mais de uma década depois, o Millonarios voltou a apostar em um jogador que também defenderia o Atlético: Neto. O ano era 1993. Ele recebeu a proposta colombiana e acertou. Foi considerado um dos reforços mais caros do futebol colombiano, na época. A passagem por lá não emplacou - conviveu com dias turbulentos na Colômbia, por causa da presença de cartéis do tráfico de drogas no país. Foram apenas dez jogos e três gols marcados.

Em 2018, o portal "El Cinco Cero", da Colômbia, recordou a passagem do Craque Neto pelo Millonarios.

- Foram desembolsados mais de 600 mil dólares, se tornando dos reforços mais caros da época. (...) O grande legado do brasileiro foi ajudar Carlos Rendón a aperfeiçoar as cobranças de falta. No final do ano, Neto foi para o Atlético Mineiro e o Millonarios recuperou parte do investimento - diz o texto.

Neto - último agachado à direita - no Millonarios — Foto: Reprodução 5 de 6 Neto - último agachado à direita - no Millonarios — Foto: Reprodução

Neto - último agachado à direita - no Millonarios — Foto: Reprodução

Do Millonarios, Neto veio justamente para o Atlético. Foi um dos nomes que integrou a famosa Selegalo, que tinha ainda Renato Gaúcho, Gaúcho, Adilson Batista, Darci, Luiz Carlos Winck e Éder Aleixo.

Neto festeja gol pelo Atlético-MG em 1994 — Foto: TV Globo 6 de 6 Neto festeja gol pelo Atlético-MG em 1994 — Foto: TV Globo

Neto festeja gol pelo Atlético-MG em 1994 — Foto: TV Globo

Da mesma maneira que encheu de expectativa, a Selegalo frustrou a torcida. O time não rendeu, foi alvo de cobranças e acabou desfeito durante a temporada.

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