Meloni, Órban e Le Pen decidem futuro do Parlamento Europeu &

A poucos dias das eleições europeias, e a meses da eleição do próximo presidente da Comissão e Conselho Europeu, 💥️a direita radical e extrema-direita tornaram-se numa peça-chave para o futuro em Estrasburgo. No Parlamento Europeu, os liberais lutam para segurar o lugar de terceira força política face às sondagens que sugerem uma ultrapassagem dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), 💥️mas a principal preocupação dos eurodeputados centra-se na possibilidade de o ECR formar uma “super coligação” com o Identidade e Democracia (ID), na próxima legislatura. A fusão colocaria a extrema-direita como segunda força política, destronando os Socialistas Europeus (PSE). As únicas matérias que os separam são o grau de euroceticismo e a posição em relação à invasão da Rússia à Ucrânia, 💥️mas Viktor Órban quer garantir que esse casamento acontece, e que dessa união surge espaço na bancada no parlamento para o partido se sentar.

“O que Órban está a tentar fazer é o que Steve Banon [antigo estratega político de Donald Trump] quis fazer na Europa: formar uma internacional populista identitária. Se esta fusão acontecer, deixaria de haver dois grupos no Parlamento Europeu e passaria a haver um. 💥️E, a fusão deste grande grupo, embora difícil, ainda é possível”, afirma José Filipe Pinto, politólogo e professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Lusófona ao ECO. “💥️O que sabemos é que esta solução passará muito por Órban, Meloni e Marine Le Pen”, diz.

O pontapé de partida começou quando, no mês passado,💥️ Le Pen rompeu com o partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemã), rejeitando sentar-se na mesma bancada em Estrasburgo depois de o cabeça de lista pelo AfD, Maximilian Krah, ter proferido declarações polémicas sobre o nazismo, uma linha vermelha para Le Pen. 💥️A decisão enviou um sinal claro para os restantes partidos que fazem parte desta família europeia, um deles, o Chega.

Em todo o caso, as sondagens do ✅Politico preveem que a extrema-direita portuguesa consiga eleger quatro eurodeputados nas próximas eleições: António Tânger Corrêa; Tiago Moreira de Sá, Mariana Mendes Nina Silvestre e Francisco de Almeida Leite.

Fora da esfera da extrema-direita, os olhos também se viram para o futuro do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD) liderado por Mark Rutte e que está risco de ser expulso da família Renovar Europa depois de ter formado um acordo para formar o próximo Governo dos Países Baixos com o partido de extrema-direita PVV, liderado por Geert Wilders. A votação está agendada para o próximo dia 10 de junho, no dia seguinte às eleições.

“[💥️A💥️ aliança] é uma opção inaceitável, porque não respeita os nossos valores“, disse a líder do Renovar Europa, Valérie Hayer. “A minha linha vermelha é clara (…). Sempre respeitámos o cordão sanitário [contra a extrema-direita]. É um dos valores absolutos do grupo e eu assumirei as minhas responsabilidades no dia seguinte às eleições para garantir que não vamos contra a extrema-direita”, garantiu.

Uma eventual expulsão dos cinco deputados do VVD contribuiria para 💥️perda adicional de lugares para o Renovar Europa que, segundo as sondagens, já se estará a preparar para esse desfecho no dia 9 de junho. Segundo o ✅Politico, 💥️dos 102 lugares com que a família da Iniciativa Liberal terminou a última legislatura, pelo menos 27 ser-lhes-ão retirados, para 75 eurodeputados. Feitas as contas, e tanto num cenário de casamento entre a direita radical europeia e a extrema, como noutro em que a fusão entre o ID e o ECR não se concretiza,💥️ os liberais não conseguiriam evitar a despromoção para quarta força política no Parlamento.

“Neste momento, tudo aponta para que os liberais não consigam repetir os resultados de 2023. Mesmo com as novas chegadas – a Iniciativa Liberal deverá eleger, pelo menos, um deputado – não será suficiente para ultrapassar o ECR que está a subir e isto levaria a um sério problema para os dois grupos que dominavam o Parlamento Europeu”, aponta o politólogo José Filipe Pinto.

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