“Vamos entrar na época alta, e os empresários já se queixam que não têm trabalhadores” &
“Vamos entrar na época alta, e os empresários já se queixam que não têm trabalhadores. O mercado vai exigir que as empresas continuem a elevar os salários e andam a contratar trabalhadores uns aos outros” e as empresas mais pequenas não têm capacidade para aumentar salários, alerta Ana Jacinto, secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). 💥️O Estado vai ter de “fazer uma revisão em baixa dos impostos, sobretudo no rendimento do trabalho”.
O setor da restauração e hotelaria “não pode continuar a aumentar salários e continuar estrangulado com custos de contexto”, avisa Ana Jacinto, em entrevista ao Jornal de Negócios e na Antena 1, este domingo. ✅(conteúdo em português/ acesso não reservado)
💥️A falta de mão de obra está a obrigar as empresas do setor a aumentar salários, mas as de menor dimensão não têm capacidade para acomodar este aumento de custos com pessoal. “As empresas não têm alternativa, mas as mais pequenas não vão conseguir pagar esses salários”, diz. “O Estado tem de fazer a sua parte, tem de fazer uma revisão em baixa dos impostos, sobretudo no rendimento do trabalho”, atira.
Há dois anos, após a pandemia ter encerrado durante meses os estabelecimentos do setor, estimava-se que faltavam 40 mil trabalhadores. “A situação não melhorou”, garante Ana Jacinto.💥️ “Há empresas que têm que fechar a dias de semana ou até aos fins de semana porque não têm trabalhadores. Há empresas que só dão almoços ou só dão jantares. E até há negócios que estão parados“, afirma.
“As dificuldades que os empresários têm na contratação dos imigrantes não se resolveu”, lamenta. 💥️“Já temos cerca de 120 mil imigrantes a trabalhar só na restauração e no alojamento. Sem estes 120 mil imigrantes a situação seria bem pior. O maior problema que todos os dias as empresas nos relatam é o da falta de trabalhadores”, diz.
A secretária-geral da AHRESP defende o 💥️papel das autarquias na inclusão dos imigrantes, em particular na habitação.
“Durante a pandemia, foram várias as autarquias que criaram apoios às rendas, de forma transversal. Não tinha a ver com a questão dos imigrantes, tinha a ver com apoio às rendas das famílias que estavam em dificuldades para pagá-las. Se o conseguiram fazer na altura da pandemia, também o podem fazer agora”, lembra. “💥️O que nós propusemos foi as autarquias conseguirem dar estes apoios, mas agora direcionados para os imigrantes”, aponta.
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