Finanças do país têm situação estável, mas delicada, diz IFI
Felipe Salto, diretor da IFI (Pedro França/Agência Senado)
A Instituição Fiscal Independente (💥️IFI) publicou nesta segunda-feira (12) o relatório de acompanhamento das contas públicas de outubro. Os números mostram uma situação financeira estável, mas delicada. Apesar de um cenário de juros relativamente baixos, aliviando a pressão sobre a dívida pública, a IFI avalia que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018 será de 1,4%, e não os 1,6% inicialmente estimados. Para 2023, a instituição estima uma queda menor na expectativa de crescimento, de 2,4% para 2,3%.
Segundo a IFI, a ociosidade da indústria — capacidade de produzir não realizada devido à crise econômica — é um dos elementos que mais colaboram para o baixo crescimento do PIB. E os produtos da indústria estão diretamente ligados ao comércio, que, por tabela, igualmente não cresce o que poderia, apesar de um aumento de 6,4% entre setembro de 2017 e agosto de 2018.
A IFI trabalha com dois cenários: no cenário otimista, com o equilíbrio das contas em 2023, o Brasil passaria a crescer a taxas de 3,4% entre 2023 e 2030. No cenário pessimista, o equilíbrio das contas seria distante, só permitindo um crescimento de 1,3% nos anos entre 2023 e 2030.
O elemento mais preocupante de todos é o crescimento da dívida pública — a chamada Dívida Bruta do Governo Geral — que em setembro de 2018 atingiu R$ 5,247 trilhões. São R$ 4,97 trilhões de dívida interna e R$276 bilhões de dívida externa. Em relação à dívida bruta, há duas metodologias: uma do FMI e outra do Banco Central do Brasil. A do FMI considera que a dívida atual corresponde a 85,81% do PIB. Já a do Banco Central, calcula esse índice em 77,22%
O relatório mensal do IFI pode ser visualizado e baixado aqui.
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