Reserva de emergência: como criar a sua proteção para os imprevistos da vida
Por Papo de Grana
Imprevistos acontecem sem bater na porta da casa da gente. E muitas vezes acabam envolvendo dinheiro.
Vamos imaginar que surgiu uma infiltração na sua casa. O engenheiro olha e dá a péssima notícia de que você terá que mexer em algumas paredes estruturais e trocar todo o encanamento. E tudo isso custa uma pequena fortuna. Ou ainda, você perdeu a sua fonte de renda e está difícil de se recolocar no mercado.
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Nesses casos, você tem três opções:
Pede dinheiro emprestado ao banco a juros altíssimos;
Resgata de um investimento que você tinha para outro objetivo (como a viagem das suas próximas férias);
Resgata o valor que precisa da sua reserva de emergência;
A terceira opção é bem melhor, não?
A reserva de emergência é considerada um dos investimentos mais importantes na vida de uma pessoa (junto com a aposentadoria). Isso porque ela impede que você precise recorrer à empréstimos, se torne um refém dos juros bancários ou que você tenha que tirar dinheiro de um outro objetivo. Ela evita que você passe por um aperto desnecessário.
Mas uma coisa importante: reserva de emergência, como o próprio nome já diz, é para situações extremas. Por isso, o ideal é não usar esse dinheiro para trocar de carro só porque o modelo mais novo é muito mais bonito e potente, por exemplo. Para isso, crie um objetivo específico para um carro novo. Não caia na tentação de tirar o dinheiro de uma possível emergência para adquirir algo só porque você quer.
Então, como montar a sua reserva de emergência?
Primeiro, estabeleça um valor que manterá o seu padrão de vida por um certo tempo.
O recomendado é que a sua reserva de emergência cubra e mantenha o seu planejamento financeiro por 6 meses. Mas o mundo ideal mesmo é que ela dê tranquilidade para um ano inteiro.
Por exemplo: se você ganha R$ 3 mil reais, a sua reserva de emergência deve ser de 18 mil reais.
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Já uma reserva confortável, aquela com capacidade de dar suporte a você por mais tempo, seria de 36 mil.
E tempo? Bom, imprevistos podem acontecer a qualquer momento. Então quanto mais rápido você conseguir acumular esse valor, mais confortável você pode se sentir. O ideal é que a reserva de emergência seja construída em, no máximo, 3 anos. Ou seja, em um curto prazo.
Crie a sua reserva de emergência
E como fazer com que esse dinheiro trabalhe da melhor forma pra você?
Primeiro, esqueça a poupança. Por mais que você precise de liquidez para resgatar o dinheiro a hora que precisar, ela não tem o rendimento que você precisa. Hoje, ela rende 4,55% ao ano, o que é muito pouco se compararmos com outros produtos de renda fixa que possuem a mesma liquidez e baixo risco.
Os fundos de renda fixa que possuem uma parte alocada em títulos públicos e outra em crédito privado são boas opções porque são considerados de baixo risco, possuem liquidez diária, mas rendem bem mais que a poupança. O que é bem mais interessante já que, além de economizar, você precisa que esse dinheiro rentabilize bem.
E mais: na hora de escolher onde vai investir a sua reserva de emergência, também não esqueça de perguntar sobre a taxa de administração. O mercado tem várias opções que aparentemente são atrativas, mas que cobram uma taxa que minimiza a sua rentabilidade.
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