Goldman Sachs faz descoberta importante: Petrolíferas americanas reduzem hedge
💥️Por Barani Krishnan/ysoke.com
Os principais exploradores de petróleo dos EUA fizeram pouca cobertura de risco (✅hedge) da sua produção prevista para 2023, apesar do rali deste ano no petróleo, de acordo com dados do 💥️Goldman Sachs. Trata-se de uma notícia que muito provavelmente foi comemorada pela Opep.
O banco de Wall Street afirmou em sua pesquisa que, à medida que a cobertura de risco dos produtores para 2023 ganhava mais destaque, percebeu uma considerável hesitação entre as empresas de exploração e produção (E&P) de petróleo nos EUA, que estão evitando se comprometer com mais barris, simplesmente porque os preços do petróleo já subiram 30% este ano.
💥️Exploradores norte-americanos priorizam dividendos e fluxos de caixa em vez de ✅hedging
Muitas das chamadas empresas de E&P ficaram aliviadas com o fato de que a queda dos preços do petróleo no 4T18 tenha sido curta, apesar de intensa, e decidiram não deixar que outro evento desse tipo se repetisse em breve.
Dessa forma, elas passaram a destinar os recursos economizados com a redução das perfurações e de outros custos à distribuição de dividendos, buscando agradar seus acionistas. Além disso, estavam reforçando seu fluxo de caixa e moderando sua participação de mercado, no intuito de garantir que não contribuíssem com crises nem fossem pegas de surpresa em ✅crashes de mercado como o que ocorreu entre 2014 e 2017 e acabou dizimando muitos dos seus pares.
A nota do Goldman Sachs foi distribuída primeiramente aos seus clientes na quarta-feira e compartilhada com o mercado mais amplo na quinta, quando a atenção dos ✅traders estava quase que inteiramente voltada ao tuíte do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmava que os preços do petróleo estavam muito altos e a Opep deveria aumentar a produção. Não é de surpreender que a nota passou despercebida no ruído do mercado.
Entretanto, se analisarmos seu conteúdo, algumas conclusões importantes podem ser tiradas.
Nas próprias palavras do Goldman Sachs (NYSE:GS), os quatro principais pontos são:
- “Identificamos um leve aumento no hedge da produção de petróleo de 2023. A cobertura de risco da produção deste ano aumentou para 31%, em comparação com 28% em nossa atualização anterior, ao preço médio de US$ 57,50/bbl.”“O hedge da produção de petróleo/líquidos de 2023 está abaixo das médias históricas após a atualização dos resultados do 4T.”“Também notamos que os hedges de 2023 continuam modestos: apenas 6% da produção esperada tem risco coberto, contra 4% após os resultados do 3T18.”“Percebemos que o aumento da porcentagem de produção petrolífera com risco coberto em 2023 e 2023 também pode ter o auxílio de um denominador menor, pois muitas companhias revisaram suas estimativas de crescimento para baixo com os resultados do 4T.”
💥️Pode haver uma redução na produção de ✅shale?
Se forem verdadeiras, as descobertas do Goldman Sachs apresentam um quadro profundamente diferente da indústria petrolífera dos EUA e da mentalidade do explorador médio de ✅shale, que muitos consideram viver sob o lema: “Drill, baby, drill!”, ou seja, “vamos continuar perfurando a todo vapor”.
Isso explica por que a XOM) e a Chevron (NYSE:CVX), por exemplo, pretendem extrair mais um milhão de barris cada uma do Permiano, a bacia de xisto mais produtiva. A Exxon também afirma que pode ter um lucro de dois dígitos com o barril a US$ 35 e está buscando custos ainda menores no valor de US$ 15, um sinal de que continuará aumentando sua produção por muito tempo após o próximo ✅crash de mercado.
💥️Análise do Goldman Sachs deve fortalecer compromisso da Opep de reduzir a oferta
Tudo isso, no entanto, deve ser visto no longo prazo. Na perspectiva imediata para os próximos um ou dois trimestres, as alegações de que a indústria do xisto nos EUA tem menos ✅hedge e um prognóstico de produção menor em 2023/20 não poderiam ser uma notícia melhor para a Opep.
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Apesar de realizar um dos mais audaciosos cortes de produção da história e colocar em risco sua própria participação de mercado, a líder ✅de facto da Opep, a Arábia Saudita, ficou frustrada com os rumores de que o óleo de xisto retomará força e inundará o mercado – uma noção que conseguiu evitar que o Brent atingisse a marca de US$ 70 por barril e o valor ideal de US$ 80-85 para o orçamento de Riad.
Mas, com um grande banco de Wall Street prevendo uma contenção na produção norte-americana, os sauditas podem corroborar sua narrativa de que o mercado continuará com oferta insuficiente neste ano e possivelmente até 2023, na medida em que os cortes de produção da Opep e da Rússia se aliam às sanções dos EUA ao petróleo da Venezuela e do Irã.
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