Espanhóis vão às urnas para escolher novo Congresso
Mais de 36 milhões de espanhóis foram convocados a votar (Pixabay)
As seções eleitorais na Espanha foram abertas neste domingo (28) para a eleição dos novos membros do Legislativo do país, composto por 350 deputados e 208 senadores.
Um governo estável terá de ser apoiado por mais de metade (175) do total de deputados (350) que vão ser eleitos para o Congresso dos Deputados.
As sondagens, por enquanto, apontam para um resultado muito fragmentado, com cinco partidos ultrapassando 10% das intenções de voto, o que deve dificultar as negociações para formar uma coalizão de governo estável.
O favorito para chefiar um novo governo é o primeiro-ministro Pedro Sánchez, do PSOE, que desde junho do ano passado lidera o país. O partido de Sánchez, porém, não deve conquistar cadeiras suficientes para governar sozinho, o que significa que terá que buscar alianças com outras legendas. Tudo isso em um ambiente político que se complicou desde a tentativa de secessão fracassada da Catalunha.
De longe, a novidade dessas eleições é o surgimento do partido de extrema-direita Vox, que parece prestes a fazer sua estreia no Parlamento nacional. Fundado por um ex-membro do conservador Partido Popular (PP), com uma forte postura contra a imigração ilegal, o Vox cresceu graças à sua linha dura contra os separatistas na Catalunha.
Sánchez foi forçado a convocar as eleições antecipadas deste domingo depois que legisladores pró-independência catalães no Parlamento nacional, irritados com o julgamento de seus líderes em Madri, recusaram-se a lhe dar o apoio necessário para a aprovação do orçamento para 2023.
O PSOE lidera as sondagens com cerca de 30%, seguido do PP (Partido Popular, direita) com quase 20% e um grupo de três partidos entre 10 e 15%: Cidadãos (direita liberal), Podemos (extrema-esquerda) e Vox (extrema-direita).
A fragmentação partidária e a porcentagem elevada de indecisos detectada pelas pesquisas de opinião, cerca de 40%, também dificultam muito as análises sobre as várias possibilidades pós-eleitorais para a formação de coalizões.
Por isso, mesmo depois de o resultado ser divulgado, ainda pode demorar semanas, ou até mesmo meses, até que a Espanha conheça o seu novo primeiro-ministro.
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