Membros do Fed sinalizam corte de 25 pontos-base na próxima reunião
Powell declarou recentemente estar preocupado com inflação (Imagem: Federal Reserve)
Membros do Federal Reserve sinalizaram estar prontos para corte no juro básico da maior economia do mundo, em movimento de segurança contra possível desaceleração, embora indicadores recentes, como a confiança do consumidor da Universidade de Michigan e a performance da manufatura medida pelo Fed da Philadelphia, indiquem o contrário.
Na última semana, o chairman da autarquia Jerome Powell sinalizou preocupação com uma possível desaceleração da atividade econômica e os riscos para a autoridade monetária atingir a meta de 2% ao ano de inflação.
A dúvida corrente é se haverá corte de 25 pontos-base ou de 50 pontos-base na Fed Funds Rate. O presidente do Fed de New York John Williams destacou a importância da ação do banco central em momentos com enfraquecimento da economia e nível baixos de juro.
O discurso de Williams possui maior destaque do que em relação a outros membros do Fed, por ser atualmente vice-presidente do FOMC (Federal Open Market Committee).
Membros alinhados
James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, acredita que deve-se agir, porém sem tanta munição. “Vou ouvir aos argumentos” para corte de 50 pontos-base, mas “não acredito que a situação clama por movimento tão agressivo”, declarou em entrevista, conforme apurado pela reportagem do 💥️The Wall Street Journal.
Por sua vez, o presidente do Fed de Dallas Robert Kaplan declarou apoiar um corte “tático” na Fed Funds Rate diante do declínio recente nos yields dos títulos de longa maturidade.
Em linha, o presidente do Fed de Boston Eric Rosengren destacou “não haver custo em ser preventivo”.
Por fim, o vice-presidente do Fed Richard Clarida comparou o momentum atual com os anos de 1995 e 1998, quando a autoridade monetária tomou “políticas de segurança” em cortes preventivos na taxa básica de juro.
Membros em consonância na tomada de ação preventiva (Imagem: Federal Reserve)
Sem tratamento de choque
Para o Morgan Stanley, “uma resposta mais forte na política monetária é necessária para impedir o recente declínio no momentum econômico.
Já Ethan Harris, head do departamento de pesquisa econômica do Bank of America Merrill Lynch, avalia que um possível corte de 50 pontos-base poderia ser demasiado.
“Essa abordagem de choque e temor é a ferramenta errada para o problema em questão”, afirmou Harris. “Não é para quando você está enfrentando uma desaceleração ou certa decepção em atingir sua meta de inflação”.
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