Magnatas de Hong Kong “protestam” contra tumultos em jornais
O que começou como protestos contra um projeto de lei de extradição há mais de dois meses se ampliou em demonstrações contínuas contra o controle de Pequim sobre a cidade chinesa semiautônoma (Imagem: Bloomberg)
A elite empresarial de Hong Kong decidiu entrar em cena para manifestar sua oposição aos violentos protestos que abalaram os negócios na cidade e reduziram bilhões de dólares em valor de mercado das empresas.
Em anúncios de página inteira e de meia página publicados em jornais na quarta e quinta-feira, conglomerados como o fundado por Li Ka-shing, de 91 anos, a pessoa mais rica da cidade, e por Henry Cheng, que comanda um império imobiliário e de joias, pediram a restauração da ordem e do estado de direito. Alguns manifestaram apoio às autoridades da cidade, que recebem ajuda de Pequim, em seus esforços para acabar com os tumultos.
O que começou como protestos contra um projeto de lei de extradição há mais de dois meses se ampliou em demonstrações contínuas contra o controle de Pequim sobre a cidade chinesa semiautônoma. Pelo menos sete empresas, todas entre as 10 com os piores desempenhos no índice de referência Hang Seng ao longo do mês passado, publicaram anúncios depois que a agitação sacudiu o centro financeiro da Ásia.
“Salvar a economia, salvaguardar os meios de subsistência”, dizia o anúncio da New World Development, de Cheng, que foi escolhida para construir um complexo com shopping e entretenimento de HK$ 20 bilhões no aeroporto internacional de Hong Kong. O anúncio do Group CK, de Li, instava os leitores a “reconstruir uma sociedade harmoniosa”. A Henderson Land Development, uma das maiores incorporadoras da cidade, perguntava: “uma Hong Kong colapsada beneficiaria você ou à sua família?”
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