Desmatava para plantar coca: Pecuaristas agora sentem pena de derrubar árvore na Colômbia

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💥️A produção de leite aumentou e o espaço que sobra é destinado a plantar árvores e tentar compensar os danos causados.

Mudança no modelo de produção

Do alto, avistam-se os espaços que a pastagem e as plantações ilegais de coca deixaram entre a vegetação extensa que cerca San José de Guaviare, capital do departamento, povoada na segunda metade do século XX por colonos atraídos pela promessa de "uma terra sem homens, para homens sem terra".

No fim da década de 1970, estes rumores chegaram a Olga Martínez, uma criadora de gado de 65 anos que pastoreia suas vacas leiteiras em uma propriedade de 55 hectares.

💥️Quando Olga chegou ali, há 45 anos, a paisagem era "só montanhas [selva]". Embora não tivesse uma motosserra, desmatar para se tornar proprietária lhe pareceu fácil.

💥️Cerca de 35 proprietários aderiram ao programa, conhecido como Terramaz.

Produção de leite aumentou com mais floresta em pé

💥️Ao confinar o gado, ao invés de apostar na pastagem extensiva, os produtores liberam terras que se comprometem a reflorestar. Além disso, o desempenho das vacas leiteiras melhora, "porque elas não se deslocam tanto" e gastam menos energia, aponta Nelcy Rodríguez.

Em 1995, Nelcy chegou à zona rural de San José em busca de terras e encontrou "floresta e coca". "Cada pessoa ia desmatando para plantar coca", conta.

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