Mel salva indígenas ameaçados pelo agronegócio em ?mancha de cerrado?

"Já produzimos 680 quilos de mel e projetamos chegar a 1.300 quilos em 2023. Ano a ano queremos aumentar a equipe e a produção", afirma Miranda. O produto é comercializado em feiras na cidade de Nioaque e na própria aldeia. Há expectativa de introduzi-lo também na merenda escolar indígena.

Indígena terena com mestrado em Desenvolvimento Rural, Miranda destaca que a iniciativa pode fazer a diferença na economia e no fortalecimento da segurança alimentar nessa Terra Indígena, localizada na transição entre os biomas Cerrado e Pantanal.

Chegando à fase final da iniciativa, apoiada pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Aproab está em processo de certificação orgânica do mel da Água Branca. Em reunião com a comunidade, em julho, além de apresentar os resultados do Aguamel, Miranda vai discutir um novo projeto.

Colmeias na aldeia Água Branca, do povo Terena, na Terra Indígena Nioaque (MS). - Aproab/divulgação - Aproab/divulgação Oficina de planejamento de atividades do Projeto Ceres na TI Capoto Jarina, em novembro de 2022. - Takako Metuktire/divulgação - Takako Metuktire/divulgação Traçado proposto da Ferrogrão/EF-170 (em amarelo)  - Reprodução - Reprodução Do babaçu tudo se aproveita; aqui, as cascas do fruto estão em processo de queima para se transformarem em carvão vegetal. - Peter Caton/ISPN - Peter Caton/ISPN

Apoiando seis iniciativas de povos indígenas do Cerrado, Castro explica que o Projeto Ceres tem impulsionado ações como produção de mel, plantio de alimentos e levantamento do uso de plantas medicinais, além do fortalecimento da cadeia produtiva do babaçu e da estruturação da do baru. Menciona, ainda, propostas de etnoturismo como alternativas de desenvolvimento socioeconômico aliadas à proteção ambiental.

Produção de castanha de baru é esperança de geração de renda na Terra Indígena Capoto Jarina (MT), território Kayapó. - Camila Araujo/ISPN - Camila Araujo/ISPN Apicultores Kuikuro preparam caixas para as futuras colmeias na aldeia Ipatse, Terra Indígena do Xingu. - Bob Kuikuro/divulgação - Bob Kuikuro/divulgação Esta reportagem foi originalmente publicada no site da Mongabay Brasil.

O que você está lendo é [Mel salva indígenas ameaçados pelo agronegócio em ?mancha de cerrado?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...