Apple não planeia criar um anel inteligente, segundo o diretor-executivo da Oura

Por ser um mercado em crescimento, especulava-se que a Apple poderia estar a planear o desenvolvimento de um anel inteligente. Contudo, o diretor-executivo da empresa líder neste segmento partilhou que a gigante de Cupertino não deverá lançar um modelo próprio, uma vez que "é uma categoria difícil de acertar".

A Oura explora o mercado dos smart rings há mais de 10 anos, posicionando-se acima de outras marcas que são mais sonantes noutros segmentos.

Depois de a Samsung apostar no mundo dos smart rings, com o Galaxy Ring, esperava-se que a Apple entrasse, também, na corrida. Contudo, após especulações, tal não parece estar planeado.

Segundo Tom Hale, diretor-executivo da empresa de tecnologia Oura, que lidera nesta área dos smart rings, a Apple não tem planos para lançar um anel inteligente.

Um anel inteligente assinado pela Apple poderia minar-lhe o negócio

Numa entrevista na Web Summit, em Lisboa, Tom Hale disse que a Apple não está convencida de que haja grandes vantagens em ter um anel inteligente e um relógio. Além disso, a empresa não deverá querer introduzir um produto capaz de competir com o Apple Watch, que é um autêntico centro de monitorização de saúde.

Apesar de acreditar que a Apple pode estar a acompanhar os progressos de empresas como a Oura e a Samsung nesta matéria, Hale sublinhou que esta "é uma categoria difícil de acertar".

Afinal, contrariamente aos smartwatches, que podem ser volumosos e requerem carregamentos frequentes, os smart rings são compactos e concebidos para serem usados durante todo o dia, incluindo durante o sono.

Além disso, utilizam uma variedade de sensores para monitorizar métricas como o ritmo cardíaco, os níveis de atividade e a qualidade do sono, oferecendo uma alternativa leve para os utilizadores que consideram os smartwatches menos confortáveis.

Para o conhecido Mark Gurman, analista da Bloomberg, a introdução de um anel inteligente poderia canibalizar o sucesso do Apple Watch, considerando que este é um produto emblemático. Ao ficar com o relógio, a Apple evita minar potencialmente o seu próprio mercado.

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