Com cheias a deixarem muitos carros pelo caminho, os sobreviventes são os clássicos

As imagens que chegam de Espanha não são animadoras, com as cheias provocadas pela DANA a deixarem um rasto de estragos. Com milhares de carros a ficarem pelo caminho, estragados e inoperáveis, os sobreviventes são aqueles com décadas de estrada.

Carros clássicos

As redes sociais têm estado repletas de imagens das cheias provocadas pela DANA, em Espanha, com um rasto de estragos visivelmente preocupante.

A par das fotografias dos voluntários e dos vídeos das vítimas a partilharem os estragos, tem sido documentado o cenário automóvel, com imagens que mostram carros amontoados, estragados e inoperáveis, devido à água e à lama que se tem acumulado. Serão mais de 100.000 carros afetados, segundo a imprensa.

Um dos vídeos, contudo, mostra um Mercedes W123 a navegar pela lama, ainda que coberto de água:

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Além deste, outros vídeos mostram clássicos a sobreviver às intensas cheias: desde um Seat 600 até um Mini.

Por que motivo os clássicos estão a sobreviver às cheias?

O motivo pelo qual os clássicos estão a portar-se consideravelmente melhor do que os modelos mais recentes passa pela eletrónica dos veículos.

Apesar dos benefícios, um veículo moderno pode ter mais de 40 kg de cablagem - um tamanho que pode ser de até cinco quilómetros de comprimento. A par disso, as normas de segurança europeias fizeram com que o peso deste elemento aumentasse significativamente.

Cablagem de um carro

Conforme recorda a imprensa, qualquer carro vendido no nosso mercado tem de ter no seu equipamento de base um sistema de travagem de emergência, uma câmara de marcha-atrás, um detetor de fadiga ou outros sistemas de assistência ao condutor.

Estas tecnologias juntam-se a outras, como sensores, câmaras e ecrãs, bem como a complexos sistemas e componentes de mecânica, como compressão variável e injeção de combustível.

Head-up display da Hyundai

Os veículos mais antigos não dispõem destes sistemas e destas tecnologias. Ainda que mais robusta, a sua mecânica é mais simples.

A ausência de componentes eletrónicos evita que os veículos sofram curto-circuitos ou que os sensores assinalem erros que impedem o arranque e, além disso, o bom funcionamento do automóvel.

Dependendo naturalmente do veículo e do estrago de que possa ter sido vítima, após as cheias, é provável que os clássicos consigam voltar à estrada.

De qualquer forma, em casos semelhantes, mesmo que o carro possa ser movido, importa verificar toda a mecânica. Isto, porque a água e a lama podem penetrar nos cilindros, colapsar os sistemas de injeção ou causar ferrugem na carroçaria.

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