Piratas informáticos pedem que um resgate de 125.000 dólares seja pago em Baguettes
As motivações dos piratas informáticos nem sempre são ou ficam claras, após um ataque. Contudo, os pedidos de resgate pelos dados roubados implicam, na grande maioria das vezes, o pagamento de uma determinada quantia de dinheiro. Neste caso, os atacantes pediram que os 125.000 dólares fossem pagos em Baguettes.
Um grupo de ransomware recentemente formado afirma estar por detrás de um incidente de cibersegurança que está a ser investigado pela Schneider Electric. A multinacional francesa de gestão de energia confirmou que uma plataforma de desenvolvimento foi violada.
A Schneider Electric está a investigar um incidente de cibersegurança que envolve o acesso não autorizado a uma das nossas plataformas internas de acompanhamento da execução de projetos, que está alojada num ambiente isolado.
A nossa equipa de Resposta Global a Incidentes foi imediatamente mobilizada para responder ao incidente. Os produtos e serviços da Schneider Electric não foram afetados.
Informou a Schneider Electric, à BleepingComputer.
De nome Hellcat, o grupo diz que eliminará os 40 GB de dados roubados à empresa, assim que esta pagar o resgate. Caso contrário, os ficheiros roubados, que contêm dados críticos, como projetos, problemas e plugins, além de mais de 400.000 linhas de dados de utilizadores, serão tornados públicos.
Segundo o grupo, os dados pertencem ao Ministério da Educação da Jordânia e à Faculdade de Educação Empresarial da Tanzânia.
Serão os piratas informáticos fãs de pão?
O grupo Hellcat está a pedir 125.000 dólares para eliminar os dados, tendo informado que reduziria o valor do resgate para metade, 62.500 dólares, se a Schneider admitisse publicamente a violação.
Curiosamente, o Hellcat está a pedir que o resgate seja pago em Baguettes.
Caso se tratasse do famoso pão francês, a Schneider precisaria de entregar mais de 58.000 pães, considerando que este custa, em média, 1,07 euros, em França. No entanto, o pedido de resgate em Baguettes parece ter sido uma brincadeira.
Apesar de existir uma criptomoeda chamada Baguette, uma publicação no X mostra que o grupo responsável pelo ataque pediu que os 125.000 dólares fossem pagos em Monero, uma criptomoeda comummente utilizada em cibercrimes, devido à privacidade e ao anonimato que assegura.
De acordo com uma publicação da semana passada, 2024 poderá ser outro ano recorde para ataques de ransomware, com as vítimas a pagar mais dinheiro do que nunca.
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