Worldcoin vai manter a suspensão da recolha de dados da íris

A Worldcoin queria mudar o cenário das criptomoedas em Portugal e esteve a recolher dados dos utilizadores a troco de algumas ofertas. Rapidamente foi colocada em pausa, fruto de algumas dúvidas. Agora que essa suspensão terminou, a Worldcoin resolveu manter a recolha de dados da íris em pausa, até ter mais informações e um maior apoio.

Worldcoin mantém recolha de dados da íris em pausa

A proibição de recolher dados biométricos da íris em Portugal terminou e a empresa que os recolhia, a Worldcoin, quer retomar a atividade num futuro próximo. Ainda assim, decidiu aguardar por aval da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). A empresa diz que continua a esperar ser recebida pela CNPD, para falar sobre a possibilidade de uma reabertura.

O diretor regional para a Europa revelou que a Worldcoin não compra dados biométricos da íris. Ressalvou que o que a empresa faz é criar uma rede de verificação da "humanidade" no acesso a plataformas digitais em que uma pessoa, de forma anónima, pode provar que é um utilizador humano e não um processo automático.

Em Portugal, a CNPD, seguindo a decisão da congénere espanhola, deliberou em 25 de março suspender por 90 dias a recolha de dados da íris. Isso foi justificado com denúncias sobre as condições de recolha dos dados, incluindo de menores, deficiências na informação prestada aos titulares e impossibilidade de apagar ou revogar o consentimento.

Dados não vão ser recolhidos em Portugal por agora

Na ordem de limitação temporária da recolha de dados biométricos, a presidente da CNPD, escreveu tratar-se de uma medida indispensável. É justificada para obter o efeito útil da defesa do interesse público na salvaguarda dos direitos fundamentais, sobretudo dos menores.

Nos últimos meses, a Worldcoin desenvolveu medidas de proteção da privacidade e segurança, para responder às preocupações das autoridades de proteção de dados. Aqui temos controlos avançados para verificação da idade, a eliminação de códigos de íris antigos e a não verificação opcional World ID.

A empresa explicou que o objetivo do prolongamento da pausa das operações é o de permitir à BayLDA o tempo para concluir a sua auditoria. Tem o compromisso de não realizar operações até que o processo de consulta da BayLDA com outras autoridades de proteção de dados da UE seja concluído.

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