Primeiro não-americano a aterrar na Lua deverá ser um astronauta japonês
Por via de um acordo entre a agência espacial americana (NASA) e a japonesa (JAXA), o primeiro não-americano a aterrar na Lua deverá ser um astronauta japonês.
Os terráqueos estão entusiasmados com a possibilidade de explorar o que está para lá da Terra, e o foco está voltado para a Lua e Marte. De facto, temos conhecido os planos que vão sendo traçados e a ambição, de empresas e governos, é real.
Agora, o administrador da NASA, Bill Nelson, e o ministro da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão, Masahito Moriyama, formalizaram um acordo destinado a promover a exploração humana sustentável do nosso satélite natural.
Bill Nelson, Administrador da NASA (à direita), e Masahito Moriyama, ministro da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão (à esquerda), a segurar as cópias assinadas do acordo histórico entre os Estados Unidos e o Japão para a exploração humana sustentável da Lua. Crédito: NASA/Bill Ingalls
Sob o acordo, o Japão irá conceber, desenvolver e operar um rover pressurizado para missões tripuladas e não tripuladas à Lua. A NASA, por sua vez, facilitará o lançamento e a chegada do rover à superfície lunar, e proporcionará duas oportunidades para os astronautas japoneses viajarem até à Lua.
Na cerimónia de assinatura, que teve lugar a 9 de abril na sede da NASA, em Washington, esteve presente, também, o Presidente da JAXA, Hiroshi Yamakawa.
O Presidente Joe Biden e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, partilharam a ambição de que um cidadão japonês se torne o primeiro astronauta não-americano a pisar a superfície lunar durante uma próxima missão Artemis.
A corrida às estrelas é liderada por nações que exploram o cosmos abertamente, em paz e em conjunto. Isto é verdade para os Estados Unidos e o Japão sob a liderança do Presidente Biden e do primeiro-ministro Kishida.
Os Estados Unidos não andarão mais sozinhos na Lua. Com este novo rover, iremos fazer descobertas inovadoras na superfície lunar que irão beneficiar a humanidade e inspirar a Geração Artemis.
Disse Bill Nelson, num comunicado de imprensa.
Que veículo vai levar o Japão à Lua?
O acordo define que o Japão irá conceber, desenvolver e operar um rover pressurizado para missões tripuladas e não tripuladas à Lua. Este servirá, essencialmente, para melhorar a capacidade dos astronautas para explorar e conduzir investigação científica em diversos terrenos lunares.
Uma vez na Lua, o rover adotará a forma de habitat e laboratório móveis, prevendo-se que acomode dois astronautas durante largos períodos de tempo. Desta forma, assegurará uma maior mobilidade e produtividade durante as missões lunares.
Com uma série de ambições para o espaço, NASA junta-se ao Japão
O acordo entre a NASA e a JAXA enquadra-se no mais amplo "Acordo entre o Governo do Japão e o Governo dos Estados Unidos da América para Cooperação na Exploração Espacial e Uso do Espaço Exterior, Incluindo a Lua e Outros Corpos Celestes, para Fins Pacíficos".
Assinado em janeiro de 2023, o documento reconhece o interesse mútuo na exploração espacial pacífica e prepara uma ampla colaboração entre os dois países em vários domínios de exploração e utilização do espaço.
Além da exploração da Lua, o acordo deverá permitir o envolvimento do Japão noutras missões da NASA, incluindo a missão Dragonfly e o Nancy Grace Roman Space Telescope. Mais, o Japão e os Estados Unidos tencionam colaborar no satélite de observação solar de próxima geração da JAXA, o SOLAR-C, que procurará investigar as atmosferas solares.
Sob outro acordo, assinado em 2022, a NASA convidará um astronauta japonês a participar como membro da tripulação numa próxima missão Artemis à Gateway. Em troca, o Japão fornecer-lhe-á controlo ambiental, sistemas de suporte de vida e serviços de transporte de carga.
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