Gráfico expõe as colossais fugas de metano que resultam dos combustíveis fósseis
Um novo gráfico dá conta das colossais fugas de metano que resultam da exploração de combustíveis fósseis e de aterros, em todo o mundo.
De acordo com uma análise feita para a Sky News, recorrendo a um satélite específico, a empresa Kayrros identificou 1300 "super emissores" de gases com efeito de estufa, até agora, em 2023.
O satélite da empresa especializada em tecnologia de observação e líder de inteligência para o meio ambiente procura identificar fontes não naturais de metano, como poços de gás, gasodutos, minas de carvão e aterros sanitários.
Gráfico mostra fugas de metano pelo mundo
Segundo os dados compilados num gráfico, a maior fonte de petróleo e gás encontra-se na Península de Cheleken, no Turquemenistão, onde se estima que uma fuga de uma instalação tenha atingido o pico de 333 toneladas por hora, em agosto. Aliás, o Turquemenistão emitiu mais metano do que qualquer outra nação, sendo seguido pelos Estados Unidos da América, Índia, Rússia e Paquistão.
Além daquela, outra fuga num poço no Cazaquistão libertou entre 21 e 56 toneladas de metano por hora, durante 153 dias, entre junho e novembro.
Também o carvão e os aterros representam um problema: em Shanxi, na China, uma instalação em Shanxi emitiu um pico de cerca de 181 toneladas por hora, em fevereiro; e em Dhaka, no Bangladesh, as emissões de metano que resultaram de resíduos enterrados atingiu um pico de 822 toneladas por hora, em abril.
Anteriormente podíamos medir a quantidade de metano na atmosfera, mas agora sabemos exatamente de onde vem: qual país, qual empresa, quais ativos estão a emitir metano na atmosfera.
Explicou Antoine Rostand, cofundador da Kayrros, à Sky News, dizendo que não há como esconder as emissões, quando somos capazes de as observar do espaço.
Apesar de os dados não revelarem fugas de metano na Europa, Rostand alertou que o Reino Unido e outros países deveriam exercer mais pressão sobre os fornecedores de gás natural importado, para que parem de o libertar para a atmosfera.
Para já, 150 países assinaram o Global Methane Pledge, num acordo que visa reduzir as emissões em 30%, até 2030.
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