Elétricos já estão a fazer vítimas. Mitsubishi é a primeira fabricante japonesa a cair
Embora estejam a tomar conta do interesse dos condutores, há fabricantes que não estão a seguir o caminho dos carros elétricos. Essas marcas poderão ter um futuro muito complicado. Um exemplo é a Mitsubishi, que já fechou portas na China.
Não é só a Europa que quer ver as suas estradas repletas de carros elétricos. Também a China está a apostar fortemente nesse caminho. A explosão, contudo, apanhou as fabricantes menos atentas desprevenidas.
Apesar de ter sido uma das fabricantes pioneiras, a Mitsubishi não conseguiu manter a sua visão e, agora, o colapso dos seus modelos exigiu que encerrasse as suas operações, na China.
A China está, de forma crescente e invejável (para alguns países), a adotar a mobilidade elétrica. A transição já está a ter lugar e a procura pelos carros com motor de combustão interna está, ao mesmo ritmo, a diminuir.
Aliás, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as 💥️vendas de carros exclusivamente elétricos (BEV) atingiram mais de 2 milhões de unidades, durante os primeiros cinco meses do ano - um aumento de 51,5%, em relação ao ano passado.
Por outro lado, a mesma associação informou que as vendas de 💥️modelos a gasolina e híbridos caíram 7%, durante o mesmo período. Segundo os especialistas, esta tendência acentuar-se-á nos próximos meses.
A transição que temos acompanhado é fruto das normas que o governo chinês implementou: um plano, a longo prazo, que visa reduzir as suas emissões e a sua dependência energética externa. Além de limitar as vendas de carros com motor de combustão interna, atribuiu milhares de milhões de euros de incentivos à compra de elétricos.
Mitsubishi não ouviu o mercado chinês a pedir carros elétricos?
As ações da China, em prol dos elétricos, não vão ao encontro da posição conservadora das fabricantes japonesas, que, por sua vez, não mostram qualquer pressa na eletrificação (ainda que não a descartem completamente e apresentem novidades, ao seu ritmo).
Uma das fabricantes mais impactadas pelo crescimento dos elétricos foi a Mitsubishi. Embora tenha conseguido um pico significativo de vendas, em 2023, com 134.500 unidades, na China, tem estado a cair, desde então. De tal forma, que, em 2022, conseguiu apenas 34.500 unidades.
Nem a sua proposta elétrica, o SUV Airtrek, chegou para a salvar, pois vendeu apenas 515 unidades, nos primeiros seis meses do ano.
Agora, a Mitsubishi decidiu encerrar a sua divisão chinesa e suspender, por tempo indeterminado, a sua atividade no mercado chinês.
A dúvida que iremos ver respondida nos próximos tempos é se este foi um caso isolado ou outras marcas mais lentas na transição também poderão fechar portas.
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