O Sol está a "acordar de um longo sono". O que acontecerá à terra?
Cada vez há mais buracos na nossa estrela. Um grande buraco capaz de gerar ventos solares com velocidade superior a 1,6 milhões de quilómetros hora apareceu na superfície do Sol pela segunda vez numa semana. O que poderá implicar aqui na Terra?
Buraco coronal 20 vezes maior do que a Terra
O Observatório de Dinâmica Solar da NASA avistou este buraco gigante no Sol. É capaz de enviar ventos solares super rápidos de 2,9 milhões de quilómetros por hora em direção ao nosso planeta, já na próxima quinta-feira. Aliás, a sonda espacial Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia já detetou os ventos a viajar a uma velocidade de 700 km por segundo, antes de chegarem à Terra, que aqui só serão sentidos a partir da manhã de quarta-feira.
Conforme referido, este é o segundo evento numa semana, após ter sido observado um buraco coronal ainda maior, que libertou ventos tão poderosos que provocou espantosas de auroras em determinadas partes do mundo.
Estes ventos fustigam o nosso planeta e além das auroras boreais, a radiação perturba o funcionamento dos satélites e outras infraestruturas na órbita da Terra. No entanto, as agências que monitorizam este fenómeno referem que não se esperam danos causados pelos ventos solares. No entanto, os cientistas dizem que estamos no meio de um período de maior atividade, do qual podemos ter de estar cautelosos.
Mas... então os buracos coronais são um sinal de problemas?
Já havíamos falado antes que o Sol entrou em 2023 no seu 25.º ciclo e os cientistas ambicionavam que este novo ciclo fosse como o 24.º - compreendido entre 2008 e 2023 - que foi bastante calmo. No entanto, o Sol parece estar a acordar do período de silêncio do seu ciclo de 11 anos.
Desde essa altura, a nossa estrela tem lançado ejeções coronais para todos os lados, e algumas poderosíssimas. E como temos visto, estes eventos, por mais agressivos que possam parecer, são processos naturais, sem grandes consequências para a terra.
Na observação destes buracos, os cientistas apontam, contudo, algumas especificidades. No ano passado, a NASA partilhou uma imagem de um trio de buracos fazendo parecer que o sol estava a sorrir para nós.
Apesar desta ser uma característica relativamente comum da atmosfera exterior do Sol, está num ponto sensível, isto é, no equador da estrela. Quer isto dizer que uma vez que o Sol gira, um buraco coronal equatorial pode apontar para a Terra nalgum momento. E sermos alvo constante pode trazer mais problemas dos que já conhecemos.
Mas o aumento da atividade solar, tal como foi registado na semana passada, é um sinal de um Sol mais ativo. Conhecidos como máximos solares, estes períodos surgem a cada 11 anos aproximadamente - provocando mais buracos e também fenómenos mais significativos como ejeções de massa coronal (CMEs).
Que impacto podem ter os ventos solares?
Os ventos solares são um fluxo de plasma lançado a velocidades super rápidas - 700 ou 800 quilómetros por segundo. Produzem, como referido, auroras magnificamente brilhantes. No entanto, os satélites são o principal ponto de preocupação em torno da intensa atividade solar.
As referidas CMEs causam grandes expulsões de campos de plasma e magnéticos, e as tempestades geomagnéticas que se seguem podem por vezes ter impacto nas comunicações por satélite, o que pode tornar-se mais perturbador à medida que os humanos se tornam cada vez mais dependentes delas.
No passado, uma tempestade solar forçou os voos a serem desviados. A maior tempestade deste tipo registada é conhecida como o Evento Carrington, que atingiu a Terra em 1859 e causou a falha dos sistemas telegráficos na América e na Europa. Mas atualmente somos mais dependentes das comunicações por satélite, das indicações de GPS e de muita tecnologia que é afetada por estes eventos.
Mas sabias que uma tempestade solar de 1967 quase causou uma guerra nuclear?
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