Avião Dash-8 fez voo de 15 minutos a hidrogénio [vídeo]
A indústria da aviação tem como grande problema a poluição que gera e o hidrogénio está a ser encarado como uma solução para alcançar o objetivo de "zero emissões". Já vários voos foram feitos com sucesso, tanto com motores elétricos como com motores a jato que queimam diretamente o hidrogénio e a Universal Hydrogen espera ter um certificado para voos de passageiros até 2025.
A Universal Hydrogen anunciou que completou um voo de teste de 15 minutos num avião Dash-8 de 40 lugares com recurso a um motor de hidrogénio com célula de combustível. A empresa apelidou o voo de "histórico" e disse que está "comprometida em ser a primeira companhia aérea de emissão zero da América do Norte".
Este foi o maior avião já levantado com este tipo de tecnologia, que inclui um fuel-cell da Plug Power e um motor elétrico construído pela magniX. Apesar disso, o avião conta também com um motor turbopropulsor Pratt & Whitney padrão na asa direita, como forma de "segurança de voo".
Para o voo, os motores foram alimentados por hidrogénio na forma líquida, que é mantido em módulos próprios neste estado por até 100 horas, segundo o que é descrito.
O Dash-8 foi modificado de forma profunda para acomodar o motor, 30kg de hidrogénio líquido e duas prateleiras de material eletrónico e sensores. Enquanto o motor de turbina foi usado essencialmente para a descolagem, os pilotos puderam voar com energia gerada por hidrogénio durante a maior parte do voo, que atingiu uma altura de 3.500 pés.
Apesar de algum desequilíbrio de potência, o piloto Alex Kroll (ex-piloto de testes da Força Aérea dos EUA) disse que o avião se comportou perfeitamente, e o ruído e as vibrações do powertrain da célula de combustível são significativamente mais baixos do que o do motor convencional.
Já no início do ano, uma empresa britânica, ZeroAvia, fez um voo com uma configuração semelhante, num bimotor Dornier 228 de 19 lugares. Também a Airbus já anunciou que está a construir uma célula de combustível que poderia alimentar um avião de 100 lugares.
Apesar de todos os avanços, ainda existem muitas limitações a ultrapassar. Por exemplo, devido às suas características de densidade, seria apenas adequado para voos curtos, segundo avançam muitos especialistas.
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