Boom de Marçal acende alerta de Tarcísio sobre gestão em SP e futuro político
O boom de Pablo Marçal (PRTB) acendeu o sinal de alerta dos aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). O influenciador cresceu sete pontos em duas semanas e está empatado na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo o Datafolha.
Para o entorno do governador, uma eventual vitória do ex-coach seria negativa tanto do ponto de vista da gestão estadual como do planejamento de seu futuro político.
A leitura é a de que Marçal assumiria a prefeitura com a disputa pelo governo de São Paulo ou pela Presidência da República em 2026 já no horizonte.
Dessa forma, Tarcísio teria de lidar por pelo menos dois anos com um possível concorrente eleitoral na administração municipal, o que poderia levar à dificuldade na elaboração de projetos em conjunto.
Tarcísio destaca com frequência que uma das principais vantagens da reeleição de Ricardo Nunes (MDB) seria a continuidade de projetos desenvolvidos a partir de parcerias entre município e estado. Por isso, decidiu empenhar-se na campanha para um novo mandato do emedebista.
O governador foi um dos principais responsáveis pela concretização da aliança entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o emedebista, selada em um jantar no Palácio dos Bandeirantes. Foi Tarcísio quem anunciou oficialmente o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), escolhido por Bolsonaro, como vice na chapa de Nunes.
Ainda assim, Marçal reúne 41% das intenções de voto entre os eleitores de Tarcísio, em comparação a 28% do prefeito, mostra o Datafolha. No início do mês, Marçal tinha 25% entre o grupo, enquanto Nunes somava 42%.
Na semana passada, Tarcísio criticou Marçal sem citar seu nome. "Não adianta transformar eleição em um circo. Acho que São Paulo não ganha nada com isso. São Paulo não é montanha. A gente não pode levar São Paulo para a montanha para deixar morrer", disse.
O influenciador é investigado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio por ter colocado a vida de seus seguidores em perigo em uma expedição por uma área montanhosa em São Paulo, a 2.420 metros acima do mar.
Tarcísio também já mencionou que o governo de São Paulo poderia ter problemas em desenvolver iniciativas com a Prefeitura de São Paulo caso Guilherme Boulos (PSOL) ganhasse a eleição. Nesse sentido, um segundo turno entre Boulos e Marçal seria considerado péssimo pelo governador.
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