Marçal é criminoso, mas não podemos normalizar Nunes, diz Boulos
💥️Em evento com evangélicos nesta segunda-feira (26), o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) adotou tom messiânico para criticar os adversários Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) e os chamou de "falsos profetas". "Vai vir gente, falso profeta, não são poucos, vocês sabem de quem eu tô falando [...] Vai ter gente inventando as mesmas mentiras de sempre", disse Boulos. Questionado depois pela imprensa sobre quem seriam os falsos profetas, ele citou Marçal e Nunes, principais adversários e com quem o psolista tenta polarizar.
💥️Evento foi aceno ao eleitorado evangélico, segmento em que o psolista fica atrás nas pesquisas de intenção de voto. O encontro ocorreu em um hotel na zona oeste de São Paulo e reuniu cerca de 150 pastores e fiéis progressistas de igrejas como das Assembleias de Deus, Universal e Unidos em Cristo.
'Há indícios de fraude na eleição na Venezuela'
💥️Boulos voltou a dizer que há indícios de fraude na eleição venezuelana. "Hoje tá absolutamente claro, temos indícios bastante suficientes pra dizer que houve fraude na eleição da Venezuela. Tanto é que o Itamaraty, do governo do presidente Lula, que é um governo de esquerda, não reconheceu o governo do Maduro", declarou.
💥️O candidato rebateu críticas de que não se posiciona sobre a ditadura de Nicolás Maduro. "Eu tenho posição clara sobre Venezuela e, mesmo dizendo a minha posição, avaliando que houve fraude, ficam insistindo (em perguntas sobre o assunto". A Venezuela está a 4 mil km daqui", afirmou, demonstrando leve irritação com questionamentos da bancada do Roda Viva sobre o tema.💥️Boulos ainda comparou a situação na Venezuela a comportamentos de Marçal e Nunes que considera antidemocráticos. "Temos um candidato, o Pablo Marçal, que é avesso a qualquer tipo de democracia. Temos o atual prefeito, que diz que o 8 de janeiro não foi golpe", criticou.
'Temos milicianismo na prefeitura'
💥️O candidato do PSOL declarou que há uma milícia se formando na prefeitura de São Paulo, "debaixo do nariz do prefeito". "Na prática, hoje, na prefeitura de São Paulo, tem uma milícia, debaixo do nariz do prefeito, que usava dependentes químicos como mão de obra do roubo pra roubarem e pagava eles em droga e em álcool, utilizava os ferros velhos clandestinos da região da Luz e da Cracolândia e a prefeitura não fiscalizava. É uma coisa que não entra na cabeça", criticou.
💥️Segundo Boulos, o crime está "entrando" na prefeitura. "Temos um milicianismo entrando na prefeitura de São Paulo. O crime está entrando nos contratos de transporte, via milícia na Cracolândia, a coisa é séria", alertou. Ainda segundo ele, a gestão Nunes tem feito "vista grossa" para loteamentos clandestinos do crime organizado na periferia da cidade.
💥️Operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apontou que integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) ligados ao PCC extorquiam comerciantes na Cracolândia. Segundo as investigações do MP, havia uma lista de pagamentos de taxa de segurança de comércios e condomínios da região.
💥️Boulos disse que vai cumprir a lei caso haja ocupação de terrenos da prefeitura, se eleito. A legislação determina que a prefeitura tem poder para desocupar áreas públicas. O candidato a prefeito ficou conhecido por liderar ocupações quando esteve à frente do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), passado usado por adversários para associá-lo ao estigma de radical. "O que for área pública, não é escolha do prefeito. É dever de ofício", declarou.💥️Boulos afirmou que, se eleito, sua gestão terá o "menor número de ocupações da história". "Vai ter política habitacional efetiva porque eu conheço o movimento por dentro. O movimento social faz ocupação não por divertimento, nenhuma família faz ocupação, morar numa palafita porque gosta, faz por necessidade."
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