Russos homenageiam líder mercenário 1 ano após morte em queda de avião

Dezenas de pessoas na Rússia prestaram homenagens a Ievguêni Prigojin nesta sexta-feira (23), data que marcou o primeiro ano da morte do líder mercenário. O chefe do grupo paramilitar Wagner, que atuou na Guerra da Ucrânia, estava em um avião que caiu perto de Moscou exatos dois meses após ele comandar um motim fracassado contra a cúpula militar de Vladimir Putin.

Ao lado do túmulo de Prigojin em um cemitério de São Petersburgo, um padre ortodoxo fez uma oração, e um grupo de mulheres cantou em homenagem ao líder mercenário. Russos que passaram pelo local disseram que o combatente deveria ser lembrado como um herói e como alguém que amava o país.

"Existem pessoas assim como [o cosmonauta soviético] Iuri Gagárin e Ievguêni Prigojin, de quem devemos nos orgulhar", disse um homem que se identificou apenas como Dmitri à agência de notícias Reuters. "Nossos filhos, que estão crescendo, deveriam admirá-los."

Outras pessoas tiraram fotos em frente à estátua de Prigojin, feita de bronze e em tamanho real, que foi envolta em bandeiras do Grupo Wagner e da Rússia.

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Em um memorial improvisado numa rua movimentada do centro de Moscou, pessoas vestindo roupas pretas depositaram dezenas de buquês de rosas vermelhas e brancas próximos de uma parede repleta de fotografias de Prigojin e de outros combatentes do Grupo Wagner.

Prigojin morreu aos 62 anos, em 23 de agosto de 2023, na queda de um de seus jatos executivos perto de Moscou. O caso aumentou a lista de mortes em circunstâncias suspeitas ou misteriosas na Rússia desde o início da Guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Generais e empresários de destaque morreram em circunstâncias trágicas. Os óbitos são atribuídos a doenças, suicídios ou acidentes, mas, segundo críticos do Kremlin, podem ser assassinatos disfarçados.

Conhecido como "chef de Putin", por ter fornecido serviços de alimentação ao governo russo, Prigojin comandava o Grupo Wagner desde 2014. A organização atuou na anexação da península da Crimeia e passou a vender seus serviços a diversos países africanos e à Síria. Em 2022, na Guerra da Ucrânia, os contratos oficiais do grupo chegaram a US$ 1 bilhão (R$ 4,87 bilhões na conversão atual), segundo Putin.

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