Economia argentina volta a encolher em junho, em desafio para Milei
A atividade econômica da Argentina caiu 3,9% em junho em comparação com o mesmo mês do ano passado, após uma rara alta em maio, mostraram dados oficiais desta quarta-feira (21).
A queda de junho foi o dobro da contração de 1,9% esperada por analistas consultados pela Reuters. A maior queda prevista na pesquisa estimava que a combalida economia sul-americana encolheria 3,2%.
As duras medidas de austeridade promovidas pelo presidente libertário Javier Milei visando controlar a inflação de três dígitos afetaram o consumo, bem como os setores-chave de construção e manufatura.
De acordo com os dados, a construção caiu quase 24% em relação ao ano anterior em junho, enquanto a atividade industrial recuou 20% no mês.
Enquanto isso, o setor agrícola e pecuário da Argentina, impulsionado pelos grãos, registrou o maior crescimento de todos os setores, com salto de 82% em junho.
O consumo e a atividade econômica despencaram desde dezembro devido à desvalorização do peso e aos cortes orçamentários. Segundo a Câmara Argentina da Média Empresa, a venda no varejo caiu 15% em julho, em relação ao mesmo período de 2023, e 17% no acumulado do ano.
De acordo com dados da Seguridade Social, mais de 600 mil pessoas deixaram de contribuir nos últimos seis meses, o que poderia significar uma perda de emprego ou uma transição para a informalidade laboral.
Na semana passada, os dados de inflação na Argentina alcançaram a cifra mensal mais baixa dos últimos dois anos e meio, de 4%, e a terceira consecutiva abaixo de 5%, segundo o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos).
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