Decameron: os contos escandalosos que desafiaram tabus sexuais da Idade Média
Que obra foi descrita pela revista americana The New Yorker como "provavelmente a mais obscena do cânone ocidental"?
Será que foi "Ulisses", de James Joyce? Afinal, este romance chegou a ser proibido por conta da obscenidade. Ou talvez "O Amante de Lady Chatterley", de D.H. Lawrence, que também foi proibido? Quem sabe a eterna problemática "Lolita", de Vladimir Nabokov? Não, não e não.
Nenhuma delas chega aos pés de uma coleção de contos escritos no século 14.
Com uma obscenidade escandalosa, o livro "Decameron", escrito em italiano por Giovanni Boccaccio no início da década de 1350, deixa seus concorrentes no chinelo.
Ele deixou sua marca, inclusive, na língua italiana, na qual a palavra "boccaccesco" pode ser usada para descrever algo lascivo ou indecente.
Já vamos voltar à obscenidade, mas antes é importante lembrar que "Decameron" tem muito mais a oferecer do que apenas histórias picantes. Foi assim que Boccaccio apresentou aquela que se tornaria sua obra mais importante: "Meu plano é recontar cem histórias, ou fábulas, ou parábolas, ou histórias, ou como você quiser chamá-las. Elas foram contadas ao longo de dez dias, como se verá, por um grupo honrado composto por sete moças e três rapazes que se reuniram durante o período da recente peste."
Ele se referia à pandemia de peste bubônica mais devastadora da história que, embora mal seja mencionada após o primeiro capítulo, serve de pano de fundo para "Decameron" —e confere à obra seu estranho frisson.
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