Americanas promete gerar caixa só em 2025
A Americanas, que divulgou nesta quinta-feira (16) seu balanço de 2022, com prejuízo de R$ 12,9 bilhões, também informou seu plano de negócios para os próximos anos. De acordo com a companhia, seu objetivo é atingir, em 2025, uma geração de caixa (Ebitda –lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de R$ 1,5 bilhão (já descontados os aluguéis).
No ano passado, a varejista apresentou Ebitda negativo de R$ 6,2 bilhões. Um Ebitda negativo significa que a empresa não consegue gerar valor suficiente para cobrir os custos por meio da sua principal atividade. Ou seja, em 2024, a varejista estará com mais despesas a serem pagas do que receita para arcar com seus compromissos financeiros.
Depois da revisão das demonstrações financeiras de 2023, dos nove primeiros meses de 2022 e da conclusão do último trimestre do ano passado, a Americanas descobriu que tem um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões.
A companhia ainda não deu detalhes sobre como espera atingir o Ebitda de R$ 1,5 bilhão em dois anos.
O comunicado diz apenas que o plano de negócios, que já em curso, "promove maior assertividade nos produtos para revenda, assim como novos modelos de precificação e modulação de sortimento para ampliar as vendas no canal físico e a margem bruta da companhia".
De acordo com a companhia, foi criado um grupo de trabalho neste ano que, "numa força tarefa de 100 dias, identificou 14 áreas do negócio com oportunidades de melhoria e evolução para a reconstrução da Americanas."
O texto também destaca como pilares dessa "nova Americanas" a "renovação das lojas físicas, a otimização dos custos de ocupação e revisão de processos para oferecer excelência na jornada dos consumidores."
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Mais detalhes devem ser apresentados a partir das 10h desta quinta, em teleconferência para o mercado em geral conduzida pelo presidente da Americanas, Leonardo Coelho, e pela diretora financeira e de relações com investidores, Camille Loyo Faria.
A varejista afirma ter realizado "ajustes e melhorias em áreas como marketing, tecnologia e estrutura logística a partir do novo contexto de atuação da plataforma digital, da renegociação de contratos e mudanças na estrutura organizacional, com melhora da despesa operacional."
"Acreditamos que, com este plano, a Americanas estará pronta para renovar seu papel de relevância no varejo brasileiro. Não será fácil, não será simples, mas será feito", afirmou Coelho, no comunicado.
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